Conhecendo mais sobre cervejas

1- O que são Cervejas Artesanais:
Cervejas artesanais são aquelas produzidas quase que de “forma caseira”. Várias micro-cervejarias, mesmo utilizando equipamentos modernos e engarrafando suas produções, ainda assim são consideradas como cervejarias artesanais pelo cuidado que têm com sua produção, indo desde os ingredientes básicos da cerveja, passando pela receita de preparo e chegando até aos conservantes finais, que devem ser naturais e não químicos.
Outras micro-cervejarias, ou cervejarias caseiras, são realmente o que podemos chamar de artesanais ao pé da letra. Utilizam equipamentos pequenos, que cabem em qualquer cozinha, normalmente não possuem engarrafadoras e guardam suas produções com garrafas de cerveja comum e rolhas.
Ao ouvir falar em Cerveja Artesanal, pense em cervejas mais bem cuidadas, com produções mais restritas (mas não necessariamente pequenas), o que leva a produtos com resultados finais muito interessantes e diversificados.
As cervejas caseiras, aquelas feitas em casa com produções limitadas, normalmente de 20 a 40 litros por vez, também podem ser consideradas cervejas artesanais. Para quem tem interesse em aprender a fazer cerveja na cozinha de casa, pode se inscrever em um dos cursos de fabricação de cerveja promovidos pelo Brejas e ver a lista de empresas que vendem ingredientes e equipamentos para produção de cerveja caseira.
2- Diferença entre Cerveja e Chope (Chopp):
A cerveja de garrafa e o chope são como irmãos gêmeos separados ao nascer. As duas bebidas, de uma marca específica, são originadas do mesmo barril e têm os mesmos componentes. No entanto, a cerveja extraída para o engarrafamento passa pela pasteurização – processo em que o líquido é aquecido a 60°C e depois resfriado – para a eliminação de todos os micro-organismos; já alguns chopes não. “Chamamos de cerveja viva”, disse o cervejólogo Guilherme Baldin sobre o chope. Segundo ele, o chope é servido direto do barril, com as leveduras e substâncias criadas no processo de fermentação.
Embora compartilhem dos mesmos ingredientes, não dá para negar a diferença do sabor de um chope e de um copo de cerveja. “O chope sai mais cremoso, por causa da pressão da máquina”, ressaltou o cervejólogo Guilherme Baldin. A bebida tirada direto da máquina, quando não é pasteurizada, também ganha no aroma e no sabor do malte, segundo Baldin. Mas, para saborear esta diferença de paladar, o cliente terá que encontrar um bar que venda chope sem a marca das grandes cervejarias, que já pasteurizam os chopes distribuídos.
“O que acontece com as cervejas de garrafa é que elas perdem substâncias da fermentação, como o malte e lúpulo”, explicou o sommelier e cervejeiro Alexandre Bazzo. “A cerveja de trigo, tem o aroma de banana e cravo diminuídos quando é engarrafada”, exemplificou. “A pasteurização mata as leveduras, bactérias e microrganismos da bebida, porém, com o aquecimento outros componentes também se desprendem da cerveja”, explicou Bazzo.
3- Classificação das Cervejas:
Pela legislação brasileira, além das denominações tradicionais, a cerveja pode ser também do tipo Export e Large (características semelhantes a Pilsen).
As cervejas são classificadas em 5 itens:
1 – Pela fermentação:
Alta fermentação
Baixa fermentação
2 – Extrato primitivo:
Leve: > 5% e <10,5%
Comum: > 10,5% e < 12%
Extra: >12,0% e <14%
Forte: > 14%
3 – Cor:
Clara: menos de 20 unidades EBC (European Brewery Convention)
Escura: 20 ou mais unidades EBC
4 – Teor alcoólico
Sem álcool: menos de 0,5% em volume de álcool
Alcoólica: igual ou maior que 0,5% em volume de álcool
5 – Teor de extrato (final):
Baixo: até 2%
Médio: 2% a 7%
Extra: >12,0% e <14%
Alto: mais de 7%
4- Principais Tipos de cervejas: LAGERS, ALE, LAMBICS
4.1- LAGERS:
Abrangem as cervejas de baixa fermentação, aquelas que fermentam em temperaturas mais baixas (9 a 15º C), fato que possibilita a estas bebidas serem mais cristalinas do que as ALES. Possuem características mais leves que as ALES, ou seja, são menos aromáticas e tendem a puxar para um sabor mais semelhante a pão. A maioria delas é clara na cor, com alto teor de gás carbônico, de sabor moderadamente amargo e conteúdo alcoólico entre 3-6% por amostra.
São as cervejas mais consumidas no mundo pelo fato de abranger os estilos Pilsen e as American Lager.
No Brasil o consumo de cerveja lager chega a 99%, eis que aqui a grande produção é do estilo American Lager. Isso mesmo…. a cerveja “loira gelada” que você toma e recebe o nome equivocado de Pilsen é na verdade uma American Lager.
A American Lager divide-se em Lite American Lager, Standard American Lager (são as brasileiras conhecidas, como: Antartica, Bohemia, Devassa Loura, Brahma, etc…) e Premium America Lager (cervejas como: Serramalte, Brahma Extra). Todas essas se expiram no estilo Pilsen (cerveja produzida na Rep. Tcheca), mas são bem mais fracas (aguadas), com menos sabor de lúpulo e mais claras do que está última.
Então lembre-se, quando você estiver junto a seus amigos tomando uma cerveja brasileira produzida em massa (das grandes coorporações), mesmo que esteja escrito no rótulo PILSEN…. tome o primeiro gole, de uma pausa pensativa, olhe no fundo dos olhos de cada um deles e diga com ar de autoridade…. “Está não é uma cerveja pilsen. Está é uma American Lager”. Assim você passará a ser mais respeitado do que o “motorista da rodada”.
Principais estilos Lager:
– American lager: como já explicado acima essas são as cervejas que nós erroneamente chamamos de Pilsen aqui no Brasil. São cervejas refrescantes, de cor amarelo claro até dourado, com espuma clara e aroma discreto. De baixo a médio amargor. Teor alcoólico entre 4 a 6%. Ex.: Antartica, Kaiser, Serramalte, Brahma, Skol e outras.
– Pilsner ou Pilsen: Nome derivado desta cidade da Rep. Tcheca. Cervejas mais lupuladas, com maior amargor e dividem-se em duas escolas: a German Pilsner, possui menos malte e mais lúpulo, com espuma branca e cremosa, mais seca e leve. Ex.: Brasileira: DaDoBier Original. Importada König Pilsener; Warsteiner Premium Verum. Outra escola é a Bohemian Pilsener, estilo rico em buquê, refrescante e com acentuado sabor de malte em equilíbrio com o lúpulo. Sempre cristalina. Ex.: Pilsner Urquell; Budweiser Budvar; 1795 Original Czech Lager.
– Munich Dunkel: Dunkel significa escura em alemão, portanto as essas cervejas são escuras-avermelhadas, produzidas originalmente em Munique. Bastante maltada e espumante, com leve sabor torrado, lembra pão torrado. Aroma com toques levemente adocicado de toffe. Ex.: Brasileira: Eisenbahn Dunkel; Nova Schin Munich. Importadas: Warsteiner Dunkel e Hofbräu München Dunkel.
– Schwarzbier: Significa cerveja preta em alemão. Mas não confunda com a Malzbier. É uma cerveja suave, com aromas que remetem ao café e ao chocolate. Com presença de maltes tostados. Não pode ter sabor frutado, sendo mais seca. Também não é doce. Ex.: brasileiras: Petra Premium, Bamberg Schwarzbier, Xingu.
– Malzbier: Cerveja escura e doce, de graduação alcoólica baixa, na faixa dos 3 a 4,5%. Muito famosa no Brasil, não possui muitos correspondentes fora daqui. Na Alemanha, seu país de origem, nem é tratada mais de cerveja e sim bebida energética. Inclusive é pouco classificada em outras fontes, caindo normalmente no grupo de “outras cervejas com baixo teor alcoólico”, já que a Malzbier original não chegava nem a 1% de álcool, pois quase não tem fermentação. Quase toda cervejaria brasileira tem sua versão, portanto basta procurar por Brahma Malzbier, Antarctica Malzbier, NovaSchin Malzbier e assim por diante. Trata-se de uma american pale lager na qual, após a filtração, são adicionados caramelo e xarope de açúcar, ai a coloração escura (que não vem do malte tostado) e o sabor adocicado (Brejas).
– Vienna: Originário da Áustria, de cor marrom avermelhada, a presença do malte contrabalanceia o amargor do lúpulo. Tem corpo médio e um sabor suave e adocicado de malte levemente queimado. Graduação acoólica entre 4,5 e 5,7%. Exemplo: Brasileira: Bierland Vienna.
– Bock: São cervejas avermelhadas. Possuem um complexo sabor maltado devido às misturas de maltes de Viena e Munique. Com graduação alcoólica mais alta indo normalmente de 6% a 14%. Requerem um tempo de maturação maior que as outras lagers, geralmente meses. Ex.: brasileira Kaiser Bock; Polar Bock; Baden Baden Bock; Bierbaum Bock.
4.2-ALES:
Essa família engloba as cervejas de alta fermentação, ou seja, aquelas que fermentam em temperaturas mais altas (15 a 25º C) e possuem a característica de serem cervejas de aroma e sabor frutados, são cervejas mais complexas, mais maltadas e lupuladas, são geralmente mais encorpadas.
Principais Estilos de Ales:
– English Pale Ale: cerveja típica da Inglaterra, tem a expressão Pale (pálida) para indicar a cor mais clara desta bebida, são cervejas que produzem menos colarinho por ter baixa carbonatação (pouco gás carbônico), tendem a ser mais amargas (chamadas de Bitter). Ex.: Fuller’s London Pride (é uma Premium Bitter); Coopers Original Pale Ale; Fuller’s ESB (Strong Bitter).
– American Ale: é a nova geração das Ales, coloração partindo do levemente dourado até o marron, com forte aroma floral, notas de caramelo, paladar mais cítrico e, as vezes, condimentado. Geralmente bastante carbonatada, com espuma persistente. Podem se dividir em American Pale Ale, America Ambar Ale (mas encorpada e caramelada) e American Brown Ale (chegando a aromas de nozes, chocolate e com amargor mais balanceado). Ex.: Brasileiras: Baden Baden Golden; DaDo Bier Red Ale; Schimitt Ale; Devassa Ruiva e Negra; Schornstein Pommern-Bier; Importadas: Brooklyn Brown Ale; Sierra Nevada Pale Ale.
– Porter: o nome é derivado dos trabalhadores portuários que misturavam a cerveja ale com outras para conseguir uma cerveja mais escura, de sabor mais forte e alto teor alcoólico. É elaborada com malte bastante torrado. Cerveja de cor escura. Aromas lembrando nozes, chocolate, café. Com espuma castanha. Ex.: Brasileira: Colorado Demoiselle (simplesmente fantástica); Opa Bier Porter. Importadas: Fuller’s London Porter, Anchor Porter.
– Stout: é um estilo mais forte do que a Porter, porém com certas semelhanças. São mais encorpadas. Cervejas escuras (negras), maior teor alcoólico, com espuma castanha e cremosa. Pouca carbonatação. Ex.: Brasileira: Baden Baden Stout; Klein Bier Stout; La Brunette; Mãe Preta; Importada: Guinness.
– Indian Pale Ale (IPA): Fabricada para o exército britânico na Índia, bastante lupulada para aguentar a longa viagem. Sabor frutado, médio teor alcoólico (5%). Geralmente mais amarga, podendo ter características aromáticas perfumadas, cítricas e florais. Ex.: Brasileiras: Colorado Indica, Falke Estrada Real. Importadas: Dogfish Head 90-minutes; Stone IPA.
– Weiss ou Weizen: São as cervejas de trigo de estilo alemão. São feitas com no mínimo 50% de grãos de trigo maltado e não usam nenhum outro adjunto (temperos). Geralmente não são filtradas, daí a aparência turva. Tem leve sabor frutado, deixando na boca (retrogosto) um gosto de banana e cravo. Possui bastante espuma branca e é bem efervecente. Ex.: Brasileiras: Colorado Appia; Bierbaum Weiss Helles; OPA Weizen; Eisenbahn Weizembier; Coruja Alba Weizen; Importadas: Weihenstephaner Hefeweissbier; Paulaner Hefe-Weizen; Erdinger Weissbier.
– Witbier: cervejas de trigo de estilo belga, porém totalmente diferente das cervejas de trigo alemãs. Geralmente usam grãos de trigo não maltados e adicionam coentro e cascas de laranja. São bem claras, turvas (por não serem filtradas), com aroma e sabor cítrico e seco. Ex.: Hoegaarden.
– Weizenbock: São cervejas de trigo que contém mais quantidade deste grão e possuem toques da cerveja tipo bock. Cor varia de cobre-claro ao rubi. Ex.: Brasileira: Eisenbahn Weizembock.
– Altbier ou Alt: Originárias da região de Düsseldorf na Alemanha, seguem o estilo antigo de produção de Ales, antes mesmo do surgimento das Lagers. É uma ligação entre as cervejas Ales e as Lagers, por ser feita com fermento de Ale porém fermentada em temperatura de Lagers. Ex.: Brasileira: Bamberg Alt. Importada: Grolsch Amber Ale.
– Belgian Strong Ales: Estilo típico da Bélgica, nascido nos mosteiros e abadias daquele país. Subdividem-se em vários tipos: DUBBEL: Cerveja na qual o mestre cervejeiro adiciona o dobro da quantidade de malte do que uma cerveja “comum”. Sabor torrado de nozes e chocolate, pouco lúpulo, com quase nenhum amargor. O aroma lembra banana e frutas não cítricas. Teor alcoólico mediano, possui bom corpo e carbonatação alta. Ex.: Brasileira: Wälls Dubbel. TRIPEL: Com três vezes mais malte do que em uma cerveja “comum”. De coloração amarelo-dourado, creme denso e consistente. Pouco mais amarga que a dubbel e levemente frutada, com gradação alcoólica entre 8 a 12%. Ex.: Brasileira: Falke Tripel Monasterium; Wäls Trippel; Baden Baden Tripel. Importadas: La Trappe Tripel; Chimay Cinq Cents. QUADRUPEL: São cervejas mais escuras e mais ricas, utilizando o quádruplo de malte do que em uma cerveja “comum”. O volume de álcool é sempre forte, muitas vezes ultrapassando os 10%. Ex.: Westvleteren 12, Rochefort 10 e La Trappe Quadrupel. GOLDEN STRONG ALE: São cervejas claras (loiras), mas mais fortes, encorpadas, frutadas e com bastante lúpulo. Com teor alcoólico de até 10,5%. Ex.: brasileira: DaDoBier Belgian Ale. DARK STRONG ALE: Cervejas escuras, fortes e encorpadas. Sua cor varia do cobre ao marron escurto. Chegam a 11% de álcool. Com espuma densa e cremosa. Ex.: brasileira: Eisenbahn A Dama do Lago.
4.3- LAMBICS:
Essa é uma cerveja totalmente atípica e pouco conhecida no Brasil, pelo seu processo de produção ser demorado e pelo seu alto custo.
É a cerveja de fermentação espontânea. A fermentação é feita por fermentos e microorganismos que se encontram nas caves onde estas cervejas são produzidas.
Geralmente são feitas de trigo, porém não são adicionadas leveduras no mosto, ficando a fermentação a cargo dos agentes naturais, os quais são encontrados somente numa pequena área ao redor de Bruxelas.
Trata-se de um tipo muito peculiar de cerveja, dotada de uma gama extremamente numerosa de aromas, os quais vão do frutado (como framboesa, cereja ou banana) ao extremamente cítrico (como vinho branco ou vinagre) (Brejas). Comumente adicionam-se frutas nessas cervejas para ajudar no processo de fermentação espontânea. Ex.: Kriek Boon.
5- Como avaliar uma cerveja :
APARÊNCIA
É o seu primeiro contato com a cerveja, antes mesmo de deitá-la no copo. Apresente-se à cerva e deixe que ela comece a te contar de onde ela veio e a sua história. Já servida, observe a sua cor, a textura do líquido, carbonatação, partículas suspensas e a aparência e a durabilidade do creme. As notas para esse quesito vão de 0 a 1
AROMA
Uma das mais complexas características da cerveja, é no aroma que você sente aquele toque floral, cítrico, frutado, malte, cravo… Dependendo da complexidade da cerveja, as sensações são infinitas, e refletem o que está contido na sua memória olfativa. Aprender a captar o aroma de uma cerveja é uma arte que requer algum treino. Se necessário, gire levemente o copo para que o aroma se solte. O que você nota? Que aroma predomina? Você sente flores? Ervas? Caramelo? Frutas? Que tipo de frutas? Lembra algum outro aroma que você conhece? Que odores desagradáveis você identifica? Atenção pois após 4 inspirações, os sensores olfativos já começam a ficar confusos e sua avaliação prejudicada. As notas para esse quesito vão de 0 a 2
SABOR
É quando você começa a ficar mais íntimo da breja, ao tomar seu primeiro gole. Analise primeiro o gosto da cerveja, se é ácida, amarga, doce ou azeda, bem como a intensidade e duração de cada um destes aspectos na sua boca. Depois, analise o sabor como um todo. Sente o sabor do malte, do lúpulo, da levedura? Ao que te remete? Lembra outros sabores familiares? Eo sabor final, o retrogosto, como é? Dedique um bom tempo para perceber todas essas impressões. As notas para esse quesito vão de 0 a 4
SENSAÇÃO
Já chamando a breja de “você”, é nesta hora que se avalia as sensações na boca, o corpo, a textura, a carbonatação, álcool e qualquer outra sensação tátil causado em sua boca pela cerveja. As notas para esse quesito vão de 0 a 1
CONJUNTO
É quando você termina o papo que teve com a cerveja. Fluiu bem? Foi inesquecível? Nem tanto assim? Recomendaria para seus amigos? Ou você nem faz questão de “conversar” com a breja novamente? Como o próprio nome já diz, é a sua impressão geral e pessoal sobre o conjunto da cerveja. As notas para esse quesito vão de 0 a 2
6- Temperatura ideal:
A temperatura de uma cerveja, sem dúvida nenhuma, influencia a experiência de degustação, já que ela pode alterar o bom funcionamento dos receptores gustativos da língua. Temperaturas baixas permitem que cervejas fracas como as Pale Lagers sejam apreciadas por seu frescor, enquanto temperaturas mais quentes permitem que os sabores e aromas mais complexos de uma Ale sejam percebidos.
Existe, portanto, uma regra errada de que a melhor cerveja é sempre a mais gelada. Se estivermos falando sempre das Pilsen, as mais populares no Brasil, estaremos quase certos, mas não absolutamente, já que há um limite de resfriamento. E se você quer realmente começar a conhecer outros tipos de cervejas, deverá atentar para este assunto de temperaturas.
O famoso cervejólogo Michael Jackson propõe uma escala de 5 níveis de temperatura para servir uma cerveja. A escala apresentada abaixo é uma variação dela, adaptada ao clima e gosto do brasileiro:
Muito gelada (de 0 a 4°C): Pale Lagers, cervejas sem álcool e qualquer cerveja que tenha o objetivo de refrescar e não muito a de ser degustada, provavelmente pela qualidade duvidosa
Bem gelada (de 5 a 7°C): cervejas de trigo claras, Lambics de fruta e Gueuzes.
Gelada (de 8 a 12°C): para Lagers Escuras, Pale Ale, Amber Ale, cervejas de trigo escuras, Porter, Helles, Vienna, Tripel e Bock tradicionoal.
Temperatura de adega (de 13 a 15°C): para as Ale quadrupel, Strong Ales Escuras, as Stout e a maioria das cervejas especiais Belgas, incluindo as Trapistas. As Bocks mais fortes como a Eisbock e a Doppelbock.
Você deve notar que as cervejas mais claras e suaves normalmente são servidas mais geladas, enquanto as mais escuras e mais fortes devem ser servidas a temperaturas maiores. Obviamente isso não é uma regra, bem como as escalas apresentadas acima, porém são uma boa orientação, que pode ser seguida ou não, dependendo do gosto de quem bebe, do local de consumo e da proposta do momento.
Nós do BREJAS tentamos apreciar cada cerveja em sua temperatura ideal, mas como dica para não errar muito, sugerimos servir sempre entre 4 e 10°C e perceber, ao longo do consumo, o ponto ideal de cada uma, observando variações de aroma e sabor. Até porque, sejamos sinceros, num calor de 30 graus é difícil beber algo com temperatura acima disso.
DICA: Se estiver em dúvida sobre a temperatura ideal da cerveja, seja por não saber o estilo ou não lembrar a tabela acima, guie-se pelo percentual de álcool. Em muitos casos a temperatura ideal estará em até +3°C do percentual alcoólico. Desconsidere a dica para as pale lagers que bebemos muito geladas.
7- Quer saber mais?
Veja em: www.brejas.com.br



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